Physis e nomos

305 palavras 2 páginas
Como se põe entre os gregos a distinção entre physis e nomos?
No século V a.C, em Atenas, iniciou-se um debate entre os que defendiam, na moral, o primado da natureza (Naturalismo) e os que defendiam o primado da convenção (Convencionalismo). Os naturalistas, portanto, representavam a physis e os convencionalistas o nomos. A Physis era, para os gregos, a ideia de um Direito Natural. Todos os seres humanos nascem iguais, com a mesma essência. Porém, cada um tem um papel diferente na sociedade, e essa diferença não é fruto da natureza, mas sim da convenção (Nomos).
Physis consistia na ideia de que existem coisas e ações que são belas e boas em si próprias, independentemente das circunstâncias. Essas características intrínsecas são consideradas eternas e imutáveis. No plano moral, os enunciados éticos são encarados como fatos naturais verificáveis.
Nomos era o pensamento representado pelos Sofistas, e contrário à Physis, onde leis e culturas são criações especificamente humanas, e surgiram por oposição à natureza. Estas permitiam que o homem superasse sua condição selvagem e fosse civilizado. Para os sofistas, a única ‘‘lei natural’’ existente era a busca do prazer e o poder dos mais fortes sobre os mais fracos, sendo as leis escritas feitas para defender estes ou proteger os interesses daqueles. Os valores morais também fazem parte das invenções humanas, e, portanto, são historicamente determinados, negando assim a existência de valores universais (relativismo moral).
Aristóteles acreditava num possível equilíbrio entre a natureza e as convenções sociais, o que se resumia na ideia de Justo Político: justo natural unido ao justo legal. Já para Platão as leis humanas não derivam da natureza, mas devem estar em harmonia com esta. O justo está no campo das ideias, porém o único direito que realmente importa é o escrito, com o qual é possível se ter

Relacionados

  • Physis e nomos
    599 palavras | 3 páginas
  • Resenha livro antígona , com os conceitos de physis e nómos
    419 palavras | 2 páginas
  • Trabalhos
    6366 palavras | 26 páginas
  • 3
    1647 palavras | 7 páginas
  • Pólis e Nómos - o Problema da Lei No Pensamento Grego
    3524 palavras | 15 páginas
  • Produção academica
    325 palavras | 2 páginas
  • resenha polis e nomos
    1397 palavras | 6 páginas
  • As origens da filosofia
    6394 palavras | 26 páginas
  • Sofistas
    1883 palavras | 8 páginas
  • etica grega
    3189 palavras | 13 páginas