PESQUISA, FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE.
Hilda Mara Lopes Araújo (UESPI/Faculdade Piauiense)
GT 02 Formação de Professores
A atividade docente, notadamente no nível superior, tem gozado de prestígio nos últimos anos. A constatação desse fato tem se dado pelo enorme manancial teórico sobre formação de professores universitários, suas práticas pedagógicas, profissionais, sintetizada em um fazer que envolve saberes, competências e habilidades específicas e apropriadas ao exercício da função de professor.Desse ponto de vista, no entanto, interrogase: como se identificam os profissionais que se encontram no exercício da docência? Estão estes profissionais preparados para exercer a profissão de professor? Como conseguem, no exercício da docência, aliála à pesquisa?
Segundo Pimenta e Anastasiou (2002:35), “quando exercem a docência no ensino superior simultaneamente a suas atividades como profissionais autônomos, geralmente se identificam em seus consultórios, clínicas, escritórios como professor universitário, o que indica clara valorização social do título de professor.” Essa constatação traz no seu bojo uma questão fundamental: a necessidade da formulação de políticas para o ensino superior que contemplem o ensino e a pesquisa, exigências que caracterizam o exercício da profissão docente, naquele nível.
Quanto ao desempenho do professor, como este se prepara para exercer a docência? Estudos têm mostrado(Benedito,1995:131 apud Pimenta e Anastasiou) que:
(...) o professor universitário aprende a sêlo mediante um processo de socialização em parte intuitiva, autodidata ou (...) seguindo a rotina dos
“outros”. Isso se explica, sem dúvida, devido à inexistência de uma formação específica como professor universitário. Nesse processo, joga um papel mais ou menos importante sua própria