Pedagogia

2188 palavras 9 páginas
Em inúmeros momentos de trabalho com docentes de redes estaduais e municipais, temos sido confrontados com perguntas que nos evidenciam a dificuldade presente entre o professorado, tanto de tornar a cultura um eixo central do processo curricular, como de conferir uma orientação multicultural às suas práticas. São freqüentes, indagações relativas ao(à) aluno(a) concreto(a) na sala de aula: como lidar com essa criança tão “estranha”, que apresenta tantos problemas, que tem hábitos e costumes tão “diferentes” dos da criança “bem educada”? Como “adaptá-la” às normas, condutas e valores vigentes? Como integrar a sua experiência de vida de modo coerente com a função específica da escola? Tais questões refletem a nosso ver, dos desafios encontrados em uma sala de aula “invadida” por diferentes grupos sociais e culturais, nem respondem às contradições e às demandas provocadas pelos processos de globalização econômica e de mundialização da cultura (Ortiz, 1994). Se expressam dificuldades e dúvidas por parte de muitos docentes, no âmbito das escolas como de outros espaços de educação não formal, e a afirmar as vozes e os pontos de vista de minorias étnicas e raciais marginalizadas e de homens e mulheres das camadas populares. Estamos ainda distante do que Connell (1993) denomina de justiça curricular, pautada, a seu ver, por três princípios: (a) os interesses dos menos favorecidos, (b) participação e escolarização comum e (c) a produção histórica da igualdade. Considerando as especificidades e a complexidade social e cultural deste início de século, sugerimos que a concepção de justiça curricular se amplie e se compreenda como a proporção em que as práticas pedagógicas incitam o questionamento às relações de poder que, no âmbito da sociedade, contribuem para criar e preservar diferenças e desigualdades, a redução, na escola e no contexto social democrático, de atos de opressão, preconceito e discriminação. Como McCarthy (1998), que a define como o conjunto de princípios

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