Patologias em alvenaria e restauro
A existência de estruturas de alvenaria antigas é conhecida em todo o mundo, em centros históricos e urbanos, em diferentes tipos de estruturas como torres, edifícios, igrejas, campanários, arcos, muros, fortes, muralhas, etc. O valor histórico, patrimonial, cultural e arquitetônico, que representam fez com que a sua conservação e reabilitação seja, hoje em dia, de grande interesse para quem os guardam.
As alvenarias sem ligante nas juntas, também conhecidas como alvenaria de junta seca, são menos frequentes em estruturas, no entanto, nas alvenarias antigas os ligantes de natureza muito pobre (terra, argila ou argamassas pobres), desempenhavam mais a função de preencher os espaços livres entre as unidades de alvenaria, criando boas condições para o seu assentamento, do que propriamente para constituir “ligações químicas” com as unidades utilizadas.
As alvenarias de pedra tem uma diversificada constituição interna, dependente da época, dos costumes e do local de construção. São caracterizadas por uma grande irregularidade geométrica e falta de homogeneidade material, resultado da diversidade de características (físicas, mecânicas e geométricas) dos materiais utilizados.
Os tijolos cerâmicos, elaborados a partir de uma pasta de material argiloso, mais ou menos homogênea, que depois de enformados, geralmente com forma paralelepipedal, eram cozidos por exposição ao sol – tijolos de adobe – ou em fornos de alta temperatura. Esse tipo de alvenaria foi utilizada pelas civilizações assírias e persas desde 10.000 a.C.. Possui características mais regulares que as pedras.
Como consequência, o uso do tijolo cerâmico na construção de alvenarias, traduz-se, também, numa maior regularidade e homogeneidade do produto final. O tipo de ligantes utilizados eram idênticos aos utilizados nas alvenarias de pedra.
Grandes obras foram construídas no decorrer dos séculos utilizando a alvenaria. Entretanto, as construções