Parcerias tradicionais x cooperação sul-sul?
A autonomia pela diversificação é uma estratégia da PEB na ultima década. Acordos com parceiros não tradicionais têm complementado as parcerias consolidadas com o norte, tanto no plano político quanto no plano econômico. Essa diversificação trás ganhos tangíveis e concretos para o Brasil. Por exemplo, o fato de o comércio exterior do Brasil ser um dos mais diversificados do mundo, foi um motivador para que a crise financeira, iniciada em 2008, não afetasse de maneira mais destacada a economia brasileira.
As parcerias com o norte são exemplificadas pelos acordos com os EUA e com a Europa. Desde há muitos anos e ainda hoje, Brasil e EUA têm parcerias políticas, econômicas e sociais, como em ciência e tecnologia e em educação, que permanecem importantes. A parceria com os EUA é consolidada por diversos mecanismos de concertação política em vários temas, como o “diálogo de parceria global” entre Itamaraty e Departamento de Estado, o “diálogo econômico e financeiro”, “diálogo sobre defesa” e o “diálogo sobre energia”. Além disso, os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, apesar de a economia brasileira apresentar déficit, nos últimos dois anos. O comércio com os EUA tornou-se relativamente menos importante para o Brasil devido à diversificação do comércio exterior brasileiro, mas em números absolutos ele permanece importante. O comércio entre os países é diversificado, de soja a jatos