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ÉTICA E CIÊNCIA: URGÊNCIA DO DEBATE

Patrícia Duarte da Silva
Prof.ª Sirlley F. Silveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Pedagogia – NFD 0641 – Disciplina:Métodos e técnicas de Pesquisa Educacional
01/09/2008

RESUMO

A Ciência tende cada vez mais a ampliar o foco dos problemas investigados, mas ainda assim parecem limitadas a algumas temáticas, excluindo outras que merecem um olhar mais atento dos profissionais da área. Os problemas sobre aspectos cognitivos referentes à construção e ao desenvolvimento do conhecimento, por exemplo, estão presentes em todo lugar. Por outro lado, aspectos não menos importantes são negligenciados ou omitidos no conjunto das investigações da área, como ocorre com os problemas inerentes ou correlatos aos processos de construção e evolução da espécie. Vivemos um momento histórico interessante e empolgante. Um momento de crise, sem dúvida, com todos os aspectos perturbadores que isto pressupõe, mas também com toda uma gama de transformações e novas possibilidades que emergem em períodos como este. Numa época de impressionante especialização e sofisticação científica e tecnológica como a nossa biomédica E o mais surpreendente e empolgante é observar como estas reflexões humanísticas acabam se constituindo não numa espécie de válvula de escape ou enriquecimento da cultura geral para um sujeito por demais ocupado com o universo da ciência, mas em elemento agregador e, muitas vezes, solucionador de questões especificamente técnicas. A verdade da ciência e a ética da justiça têm, portanto, uma origem comum: fazem parte de uma tarefa milenar que o ser humano assumiu para se conhecer a si mesmo como sujeito, isto é, como autor de seu próprio saber e de suas próprias normas. Se explicar o mundo passou a ser um modo de apropriação dos segredos da natureza, essa tarefa só adquiriu sentido na medida em que serviu de referência ao convívio humano. Assim é impossível separar a ética da ciência devido ao processo