Pai Ignácio e o morro encantado
História do morro do pai Ignácio
A fazenda boa esperança estava em colheita os escravos estavam em trabalho duro
Gumercindo- Ignácio estou cansado deste trabalho da fazenda
Ignácio- oi Gumercindo nós tem é que arrumar uma maneira de fugir daqui
Gumercindo- esta vida de negro é muito dura, nos não temos direito a nada
Ignácio- e este capataz Terencio é duro na queda, e vive a nós judiar
Gumercindo- capanga malvado esse cabra, parece que tem parte com o cão
Terencio- o que estão falando ai seus negros preguiçosos, querem chibatadas
Ignácio-nada não seu terencio, nada não
Terencio- é melhor que não seja nada mesmo, se não chibata come no birro
Gumercindo- seu terencio nós vai fazer um jaré (samba) hoje ocê vai
Terencio- sei não, não gosto destas batucadas de preto. É mais quem sabe lá tem umas mulatinhas enxutas
Tempos depois...
Ignácio- este terencio fala de nossas mulatas como se fossem mulas, animais
Gumercindo- é mais isso um dia vai acabar
Ignácio- o patrão vicentino, até que não é tão ruim
Gumercindo- Ignácio
Ignácio-oi
Gumercindo- Erpidea disse que maria helena a filha do patrão vai chegar esta tarde da capital
Ignácio- na semana que nós foi comprado por vicentino ela tinha saído pra estudar na capital
Gumercindo- nhã marculina cuidava dela e disse que era uma menina muito bonita
Ignácio- tou com fome Gumercindo, já não estou aguentando este trabalho
Gumercindo- ouvi dizer que mataram um boi lá na baixada dispois nois vai lá
Ignácio- a deve ter um bucho jogado por lá
Gumercindo- ai nois pega o bucho e trata pra depois fazer uma panelada
Ignácio- é hoje tem batucada
Gumercindo- pelo menos nós esquece deste sofrimento
...na dança todos cantavam e dançavam celebrando os orixás de suas crenças os escravos mais velhos prosavam na senzala.
Pai Joaquim- é compadre laurentino nosso povo é sofrido mais é feliz
Laurentino - é verdade pai Joaquim
Pai Joaquim- oi compadre, mais as minhas