Os Sapos

265 palavras 2 páginas
Ironia modernista “Os Sapos”, poema de Manuel Bandeira, apresentado durante a “Semana de Arte Moderna de 1922”, marca a ruptura do estilo parnasiano e inicia o desenvolvimento de um novo movimento literário: o “Modernismo”. O autor escreve este poema em 1918, após seu retorno da Europa, onde havia conhecido os poemas franceses de Jules Laforgue e toma-o como inspiração para seus poemas, já que até o instante, Bandeira escrevia de forma semelhante aos parnasianos e sempre usando de melancolia em suas poesias, pois tinha tuberculose e temia a morte. Em “Os Sapos”, Manuel Bandeira, assim como Laforgue, usa figuras de linguagem (metáfora e ironia) para criticar os parnasianos e sua forma de escrita, ao mesmo tempo, compara estes ao novo estilo que surgia, sem mais rigor simétrico ou linguagem rebuscada, inclusive utilizando-se de versos de uma cantiga popular ao final da última estrofe. Este poema de Bandeira marcou o início do Modernismo no Brasil, após sua leitura durante a Semana de Arte Moderna de 1922, porém o público da alta sociedade presente, tão acostumado ao estilo parnasiano, não aceitou as críticas apresentadas e vaiou a apresentação. Manuel Bandeira, ao escrever “Os Sapos”, ridiculariza os parnasianos e faz parecer que o modernismo era muito melhor que o movimento “inimigo”, embora isto seja condizente com a postura radical da primeira fase modernista, entretanto o autor critica os parnasianos de forma inteligente, comparando-os aos sapos, fazendo estes falarem e interromperem a sequência do poema, exatamente como eles não gostavam, trazendo para o texto um teor cômico e crítico que o promoveu nacionalmente.

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