Oralidade

Técnicas de Oralidade

1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende trazer reflexões sobre a necessidade de mudanças reais nas aulas de português nas escolas de Educação Básica do Estado do Paraná. A participação na formação continuada oferecida aos professores da rede trouxe a inquietação que foi crescendo à medida que se comparou o que postulam os documentos oficiais como as Diretrizes Curriculares (DCEs ), por exemplo, e o que de fato acontece nas aulas de ensino de língua materna.
Para ensinar língua materna, faz-se uso dos textos orais e escritos e de todas as demais linguagens não-verbais. No entanto, até muito recentemente as aulas eram centradas no normativismo das gramáticas tradicionais que desprezam o registro oral da língua. As mais recentes pesquisas lingüísticas comprovam que as mais variadas práticas e as mudanças lingüísticas têm origem no oral cotidiano, portanto desconsiderá-lo é negar a natureza sociológica da língua em sua dimensão de interação dialógica.
* Graduada em Letras/português – Docente do Colégio Estadual Mário de Andrade EFMP
Pós – graduada em Literatura Brasileira – Professora PDE- 2007. e-mail:[e-mail] 2
O homem moderno (DUTRA, 2004, p.25) “comunica-se com muitos freqüente e simultaneamente através do telefone, secretárias eletrônicas, internet, etc., isto prova que a tecnologia também está a serviço da comunicação oral e escrita”.
As novas Diretrizes Curriculares–2007 apontam para três práticas discursivas: a oralidade, a escrita e a leitura. Ora, se o oral deve ser um dos domínios prioritários a ser garantido no ensino da língua materna, é preciso que ele passe, de fato, a ser objeto de ensino. Na realidade escolar atual, observa-se que isso raramente acontece, pois as turmas são numerosas e barulhentas e dificilmente se consegue ensinar “os orais”. “O oral não existe, existem os orais, atividades de linguagem realizadas oralmente, gêneros que se praticam essencialmente na oralidade”.