Oralidade e Escrita

Oralidade e Escrita

1- Oralidade e Escrita no contexto das práticas sociais. Segundo o texto de Luiz Antônio Marcuschi, é impossível fazer relações entre fala e escrita e investigar oralidade e letramento sem considerar seus usos nos vários contextos da vida cotidiana. Construindo assim uma nova concepção de língua e texto, chamada práticas sociais. A escrita, enquanto prática social, se tornou um bem social indispensável. Definindo assim, os homens como seres que falam, mas não um ser que escreve, pois poucos povos tem uma tradição escrita e sim falada. A escrita tornou-se um bem social indispensável, símbolo de educação, desenvolvimento e poder, alcançando um valor social superior à oralidade e servindo muitas vezes como forma de discriminação. A fala é adquirida naturalmente em contextos informais, no dia-a-dia, enquanto a escrita é adquirida formalmente, através da escola, e, talvez esse, reflete o autor, seja o caráter gerador de seu prestígio. Como se tem relações entre escrita e o contexto faz-se surgir tipos e formas textuais, bem como terminologias e expressões típicas. O autor diz que a alfabetização evidentemente é fundamental, mas é necessário que se entenda que ambas, fala e escrita, são imprescindíveis para a sociedade, e que não se deve confundir os papeis e nem discriminar seus usuários. O autor sugere a distinção das dimensões de relações entre língua falada e língua escrita. Apontando conceitos breves de oralidade e fala, letramento e escrita, ele aborda as várias tendências de estudos que se ocupam dessas relações, apontando seus problemas que, ao entender, de maneira geral, é a desvalorização da oralidade em relação à escrita. A alfabetização é muito importante para a sociedade pois serve de comparação para saber se determinado povo ou país é “desenvolvido”. Por exemplo, países desenvolvidos tem alta taxa de alfabetização, “a pobreza, a doença e o atraso geral estão ligados ao analfabetismo”.