Onlines
Autora:
Jaisa H. Gontijo Bolson
Bacharel em Turismo com especialização em Educação de Formadores em Turismo pela EFESO/ Bolonha- Itália. Consultora da Fundação Israel Pinheiro. Ex-Superintendente da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais. Diretora de Projetos Especiais da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte - Belotur O estudo da paisagem como um fator primordial para atividade turística ainda é pouco expressivo. Talvez por não se considerar o quanto ela é importante e fundamental dentro do contexto da atividade. Muitas vezes descartamos o seu potencial em virtude de não compreendermos a sua real função. Para o turismo a interpretação da paisagem é algo que deveria se tornar quase que obrigatório. No decorrer desse artigo serão abordado alguns pontos para reflexão sobre essa questão.
Breve Histórico
A relação do homem com a natureza existe desde os primórdios, mas no início a natureza era algo assustador, onde o homem era exposto as suas intempéries. O homem buscava apenas sobreviver, e isso se tornava difícil pois sofria com a ação dos animais selvagens, tempestades, mudanças climáticas bruscas, e outros. O medo era constante. A floresta no imaginário das pessoas além de um lugar perigoso era onde se escondiam as bruxas, duendes e monstros. Todo esse cenário contribuía para amedrontar e afugentar.
Só a partir do renascimento o homem conseguiu quebrar essa barreira e passa a admirar a natureza, criando assim o conceito de paisagem. Vale registrar que essa percepção da natureza surgiu nas classes abastadas, que possuíam tempo livre para atividades artísticas e culturais. Segundo Yazigi (2002)“ filósofos do século XVIII, como Jean Jacques Rousseau e Schelle, consideravam o passeio pela natureza um verdadeiro alimento do corpo e do espírito.”
A paisagem urbana começa a ser retratada pela arte depois da