Novos movimentos sociais
NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS, MOVIMENTOS REIVINDICATÓRIOS, IDENTITÁRIOS E DE CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA.
Novo Hamburgo
2014
É um grande desafio falar sobre os movimentos sociais no Brasil por causa da sua amplitude. Para começar surge nos uma pergunta. O que aconteceu no Brasil na década de 1960? Nessa década ocorreu a Revolução de 1964; ou seja: implantou-se a ditadura militar e com isso houve uma alteração na forma de ser do Brasil. Nas décadas de 40 e 50 o Brasil se transformou em uma grande potência e chegou a ser a oitava economia mundial. Porém nesse período a dívida externa aumentou muito. A partir de 1968, a ditadura tornou-se mais aguda, fechando as organizações estudantis e calando os meios de comunicação. Artistas, intelectuais, políticos e religiosos foram presos. Surgiram movimentos armados em luta contra o Estado. Com o arrocho salarial o Brasil viu sua dívida externa duplicar sem, se quer ter recebido um só níquel. A "mágica" de tudo isso está nos juros onde tomamos emprestado dinheiro do FMI, contratamos um empréstimo de 3 a 4% por ano, mas o pagamento seria feito com base nos juros do momento. O governo Reagan havia aumentado os juros para 20%. Sendo assim pedimos mais dinheiro para pagar a dívida e com isso duplicamos nossa dívida sem que esse dinheiro entrasse no país. Então emergiu-se uma variedade de "novos" movimentos sociais nos anos 70, sobretudo urbanos. Ao longo do tempo, os estudiosos verificaram que as transformações sociais não atingiam somente os setores pobres da população, mas também outros grupos sociais, gerando diversos outros movimentos articulados em torno de temas específicos, como, por exemplo, o movimento ecológico. Começaram a surgir movimentos de bases sociais distintas, como os movimentos negro, feminista e homossexual. Esses movimentos giravam em torno da questão de identidade e da qualidade de vida para esses segmentos e não mais como um confronto classista como no século XIX. No entanto, de uma