Negócios
O objetivo deste trabalho consiste em analisar os fatores determinantes das estratégias de gestão ambiental das empresas industriais catarinenses. Os dados primários foram obtidos por meio de um questionário respondido por 88 empresas e analisados quantitativamente por meio da análise descritiva e de correspondência múltipla. O estudo demonstrou que os fatores internos determinantes das estratégias de gestão ambiental foram o comprometimento dos colaboradores e o apoio dos gestores e, os externos, as exigências da sociedade, as regulamentações governamentais, a adequação aos padrões normativos e a concorrência. A pesquisa também aponta para um mimetismo que ainda não foi rompido pelas empresas mais proativas, denotando uma homogeneidade na interpretação do ambiente institucional por parte das empresas.
Palavras-chave: Institucionalismo, legitimidade, gestão ambiental, orientação estratégica, mimetismo.
INTRODUÇÃO
Uma das primeiras publicações importantes a tratar da necessidade de se repensar o modelo de desenvolvimento enfatizando questões ambientais foi Social Responsibilities of the Businessman, de Howard R. Bowen, em 1953 (NASCIMENTO, 2007). Todavia, a temática ambiental passou a repercutir globalmente a partir da publicação de A primavera silenciosa, de Rachel Carson, em 1962, livro que enfatiza os malefícios da utilização de pesticidas. A partir daquele momento, houve um significativo crescimento no interesse popular e gerencial a respeito da questão ambiental, paralelamente ao surgimento de legislações ambientais mais rigorosas em todo o mundo. Até esse período, a questão ambiental era compreendida estritamente como geradora de custos adicionais, não produzindo benefício visível às empresas.
A segunda onda do ambientalismo corporativo foi impulsionada pelo acidente na cidade indiana de Bhopal, em 1984, causado pela emissão de gás venenoso que escapou de uma fábrica de pesticidas de propriedade da Union Carbide, de origem norte-americana, e tido