Negocios
A cultura de trabalho flexível, divertida – e árdua – do gigante da internet que os funcionários elegeram
Marcos Coronato (texto) e Ricardo Corrêa (fotos)
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DUAS VISÕES
O escritório em São Paulo, visto por duas janelas redondas na porta. Há flexibilidade e benefícios, mas também exigência de alta produtividade
Cada funcionário do Google escolhe a melhor hora de chegar ao trabalho. A não ser que tenha algum compromisso agendado, pode organizar o dia como achar melhor. Muitos deles, mesmo assim, tomam café da manhã juntos na empresa, aproveitando a refeição gratuita e caprichada, com pães, frutas, sucos e iogurtes. Depois de satisfeito, cada funcionário começa a trabalhar, em sua mesa ou em qualquer outro lugar da empresa que ache melhor. Ele poderá interromper as atividades ao longo do dia para relaxar com uma partida de videogame ou um lanchinho, sempre gratuito. Quando concluir o que considera importante para o dia, irá embora – na hora que achar melhor. Esse ambiente livre pode até parecer natural e espontâneo, mas não é. Preservá-lo numa empresa produtiva, lucrativa e ambiciosa exige grandes doses de empenho e cuidado. Por esse esforço, o Google foi considerado, em 2010, o melhor lugar para trabalhar no Brasil, segundo a pesquisa anual GPTW (Great Place to Work), publicada com exclusividade por ÉPOCA.
Se você já acessou a internet, conhece o Google. Trata-se da empresa que criou o buscador mais popular do planeta e serviços como o Google Earth e o Google Translate. É dono do Orkut, do YouTube e do Gmail. Além de definir o jeito como usamos a rede hoje, o Google ajuda a difundir uma forma de trabalhar alternativa. Seu jeito descontraído e cheio de benefícios para o empregado conquistou o primeiro lugar na pesquisa GPTW nos Estados Unidos (publicada pela revista Fortune) em 2007 e 2008. No ano passado, concorrendo pela primeira vez na pesquisa brasileira, a empresa ficou num ótimo 15º lugar, entre 530 avaliadas. Agora deu um novo