mulher

da essência, recusando qualquer explicação pautada no determinismo biológico, que pudesse explicar o comportamento de homens e mulheres, empreendendo, dessa forma, uma visão naturalista, universal e imutável do comportamento (Louro,1997:78).
Mabilana (2005:19), considera que género é construído na base de diferenciações de atitudes, preconceitos, comportamentos e actividades mediante os quadros predominantes culturais entre sexos. No entanto, para Saffiot (1979:53), o género é uma maneira contemporânea de organizar normas culturais passadas e futuras um modo de a pessoa se situar através destas normas, um estilo de viver o corpo do mundo. Enquanto isso, Wodak (1999:6), analisa a questão de género, como relações socialmente construídas na interação entre os sexos assente em posições desiguais entre homens e mulheres. Nisto, a sociedade define tarefas e tem expectativas diferentes para o feminino e para o masculino a quem se atribui também distintos valores, importância e tarefas, desempenhadas tanto por homens como por mulheres. Por isso, género não é equivalente ao sexo biológico ou a mulheres, mas sim a construção sócio-cultural de mulheres e homens (Waterhouse et al, 2001:8).
Ainda focalizando o aspecto de género, Mabilana (2005), afirma que o género não é atribuído somente ao facto corporal como afirmara Saffiot mas assumindo como projecto, algo construído e processual. O projecto de género na ideia deste autor, deve ser compreendido como algo que ocorreu em todas relações sociais, que limitem a liberdade do sujeito desde o início, cheio de interpretação constante de tabus e prescrições socialmente construídos. Este posicionamento é tomado também por Osório (2004:29), ao considerar o género como um conjunto de valores e características que determinam a masculinidade e a feminidade em cada cultura e em cada momento histórico..
Disto, podemos afirmar que, o conceito de Género é algo social que remete para as diferenças existentes entre homens e mulheres,