Monumentalidade e Edifícios Altos x Escala do Pedestre
Utilizando essa metodologia como referência, foi desenvolvida uma pesquisa entre habitantes de Brasília e Goiânia, cidades que configuram espaços urbanos com gabaritos mais altos nas proximidades de Anápolis.
Buscou-se focar no objeto de estudo, o pedestre, relacionando-o com as sensações que esses espaços urbanos sufocados por uma paisagem bem adensada e de grandes escalas provocam no principal elemento, o usuário delas.
Figura 1. (FONTE: Autor. Data: 06/2014).
Com base no gráfico apresentado, concluiu-se que os espaços vazios, em sua maioria, não permitem que o pedestre desfrute dos mesmos devido às condições precárias das calçadas, da falta de vegetação e mobiliário urbano que possibilite a permanência no local. A infraestrutura dessas cidades priorizam o carro em relação ao pedestre, muitas vezes obstruindo a visão do observador. Muitos não apontam os inconvenientes que esses edifícios trazem para seu caminhar e viver como elementos negativos por passarem despercebidos por esses, uma vez que a diferença de escala entre o pedestre e as construções tornaram-se tão absurdas.
No plano de Brasília foi utilizada uma concepção de cidade traduzida por quatro escalas distintas: monumental, residencial, gregária e bucólica. Tratando-se da escala monumental, configurada pelo Eixo Monumental, Gehl condena esse tipo de traçado, que segundo ele, faz com que a cidade se torne desagradável para caminhar. Prioriza o prédio e ignora o que acontece a sua volta.
Segundo o autor, a cidade planejada para o trabalho ordenado e eficiente deveria ser ao mesmo tempo viva e aprazível, onde o indivíduo pudesse desfrutar dos espaços sendo eles habitáveis, e não apenas para passagem. Já em Goiânia, essa monumentalidade foi prevista no Plano Atílio Corrêa de Lima para existir na Praça Cívica, com expressão máxima no Palácio das Esmeraldas, mas não somente nos edifícios, como no traçado e no projeto paisagístico. Ambos teriam esse