modernismo
Jorge Mateus de Lima nasceu em União, Alagoas, em 23 de abril de 1893. Faleceu no Rio de Janeiro em 15 de novembro de 1953. Estudou em Maceió e depois no Rio de Janeiro, onde se formou em medicina. Em 1912, voltou a Maceió, onde se tornou professor de história natural e literatura. Foi eleito deputado estadual em 1926. Com a Revolução de 1930, volta ao Rio de Janeiro, onde se fixa definitivamente. Elegeu-se vereador em 1946; em 1949, abandonou a política, passando a exercer a clínica médica e a dar aulas de literatura na Universidade do Brasil e na Universidade Católica.
Jorge de Lima escreveu principalmente poesia e prosa de ficção. Seus principais livros de poemas são XIV alexandrinos, O mundo do menino impossível, poemas, Essa negra Fulô, Novos poemas, Tempo e eternidade(em parceria com Murilo Mendes), A túnica inconsútil, Poemas negros, Livro de sonetos, Vinte sonetos, Mira-Celi e Invenção de Orfeu. Seus romances, originais em muitos aspectos, pois percorrem desde o chamado regionalismo até criações que se aproximam do Surrealismo, são Salomão e as mulheres, O anjo, Calunga, A mulher obscura, Guerra dentro do beco.
POESIA
Não procureis qualquer nexo naquilo
Que os poetas pronunciam acordados,
Pois eles vivem no âmbito intranquilo
Em que se agitam seres ignorados. No meio de desertos habitados
Só eles é que entendem o sigilo
Dos que no mundo vivem sem asilo
Parecendo com eles renegados.
Eles possuem, porém, milhões de antenas
Distribuídas por todos os seus poros
Aonde aportam do mundo suas penas
São os que gritam quando tudo cala,
São os que vibram de si estranhos coros
Para a fala de Deus que é a sua fala.
CECÌLIA MEIRELES
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1901. Faleceu nessa mesma cidade em 9 de novembro de 1964. Diplomou-se professora pela Escola Normal do Distrito Federal. Dedicou-se ao magistério primário. Chegou a ser professora da Universidade do Distrito Federal, onde lecionou