missao

BOSCH, David J. Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão. São Leopoldo, RS: EST, Sinodal, 2002. p. 48-62
p.48
“O que nos assombra reiteradamente é a inclusividade da missão de Jesus. Ela abarca tanto os pobres quanto os ricos, tanto os oprimidos quanto os opressores, tanto os pecadores quanto os devotos. Sua missão consiste em desfazer a alienação e em derrubar muros de hostilidade, em cruzar fronteiras entre indivíduos e grupos.”
Mais do que incluir, a missão de Jesus tem objetivo de romper com vários elementos.
p.49
“Eles praticam o amor aos inimigos e proclamam o juízo da verdade, praticam o amor por meio da sua proclamação de juízo”
O amor de Cristo é incondicional, mesmo assim, sua justiça é igualitária em autoridade para a salvação, por isso a missão carrega a bandeira do amor junto à do juízo divino, o Reino de Deus é também justiça divina.
p. 50
“Não admira, pois, que os gentios possam às vezes ser apresentados como convidados substitutos no banquete escatológico.”
O alcance do Reino de Deus é total, para todos os indivíduos, no entanto os judeus foram o povo escolhido para serem o instrumento do estabelecimento deste reino, seu posicionamento centrípeto de recusa em alcançar os gentios pode ser a ilustração parabólica dos convidados que recusaram o banquete de Cristo.
p. 51
“O que é que deu origem aos muitos ditos, parábolas e estórias que parecem, no mínimo, acalentar a idéia de que, um dia, a aliança de Deus irá estender-se muito além do povo de Israel? (...) a inspiração primordial para todas essas estórias só poderia ter sido a natureza provocadora e rompedora de limites do ministério do próprio Jesus.”
Ainda que o povo de Israel tenha rejeitado exercer a publicação da revelação divina, o alcance das nações pode ser vislumbrado em algumas narrativas antes mesmo de Cristo, mas podem ser até mesmo consideradas uma predição da própria vinda do Messias.
p. 52
“Não é fácil definir a concepção de Jesus acerca da