mente

635 palavras 3 páginas
Mente e cerebroAproveitei a deixa das aulas semanais de violão e guitarra dos meus filhos e resolvi reservar uma hora por semana para fazer aula também. Era um velho sonho meu: tocar violão clássico – que eu finalmente tenho a oportunidade de abraçar aos 40 anos de idade.

Estou achando ótimo e usando a meu favor todos os meus conhecimentos sobre a neurociência do aprendizado. Primeiro, para não desanimar antes de sequer começar, achando que eu já sou burra velha demais para a empreitada. Muito pelo contrário: tenho uma vantagem enorme sobre meus filhos, donos de cérebros novinhos. Primeiro, porque, com a minha bagagem de 15 anos de estudo formal de teoria musical, piano e flauta, ler partituras, ainda mais com uma pauta só, é trivial.

Segundo, porque os anos de prática no piano me deram uma boa coordenação motora e, mais importante ainda, ensinaram meu cérebro a fazer coisas diferentes com as duas mãos sem grandes problemas.

Ainda assim, o repertório de movimentos aprendidos com o piano não incluía puxar cordas, dedilhá-las com o polegar, nem fazer hammer-ons e pull-offs com os dedos da mão esquerda. Como chegar lá?

Começamos, meu professor e eu, avaliando o que eu já sabia fazer ao violão (acordes de bossa-nova, aprendidos sozinha de brincadeira) – e o que eu não sabia, mas gostaria de aprender. A partir daí, recebo toda semana exercícios novos, progressivamente mais difíceis. Uns são simples de ler e exigem apenas prática, prática, prática, até o cérebro aprender o que fazer com os dedos; outros exigem quebrar a cabeça para descobrir onde no braço do violão dará para tocar todas aquelas notas ao mesmo tempo. Mas o desafio é parte da graça, e me mantém motivada. O professor, num arroubo de otimismo ainda maior que o meu, me propôs na terceira aula aprender a tocar Astúrias, de Albéniz – simples e lindíssima, mas cheia de notas repetidas a toda velocidade, muito além das minhas capacidades.

Mas, atrevida que sou, resolvi tentar – e estou não só

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