Melhoramento da mandioca
A mandioca, Manihot esculenta Crantz, é uma planta perene, arbustiva, pertencente à família das Euforbiáceas. A parte mais importante da planta é a raiz. Rica em fécula, utilizadas na alimentação humana e animal ou como matéria prima para diversas indústrias. Originária da América do Sul desempenhou papel importante nos primórdios da colonização do Brasil, como cultura de subsistência e também como produto de valor comercial, é uma cultura rústica adaptada às condições marginais de clima e solo. Constitui uma das mais importantes fontes de carboidratos de 600 milhões de pessoas em vários países tropicais do mundo. É considerada uma planta completa com suas raízes ricas em carboidratos, e folhas ricas em proteínas, vitaminas A e C, além de outros nutrientes. (Fukuda, 2005). Na região Nordeste tradicionalmente caracteriza-se pelo sistema de policultivo, ou seja, mistura de mandioca com outras espécies alimentares de ciclo curto, principalmente feijão e milho.
O mercado internacional de mandioca movimenta, em média/ano, cerca de 10 milhões de toneladas de produtos derivados e seu consumo per capita mundial de mandioca e derivados, em 1996, foram de 17,40 kg/hab/ano.
É cultivado em todo o território brasileiro, o Brasil é o segundo maior produtor do mundo, a produção nacional da cultura é de 22,6 milhões de toneladas e seu consumo per capita de mandioca e derivados, em 1996, foi de 50,60 kg/hab/ano.
Revisão
HISTÓRICO DO MELHORAMENTO DA MANDIOCA
As atividades do Programa de Melhoramento Genético de Mandioca no Brasil iniciaram-se no ano de 1930 através do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). O projeto é o mais antigo existente na área e conta com a maior variabilidade genética dos bancos de germoplasma do mundo. O programa gerou as primeiras técnicas de produção comercial da cultura, que até então se encontravam em níveis de subsistência e ainda com traços de exploração indígena. (Bazzo, 2007). Atualmente, o programa trabalha no desenvolvimento