MAÇONARIA VERSUS CRISTIANISMO
UM EXAME CRÍTICO DOS RITUAIS MAÇÔNICOS À LUZ DAS SAGRADAS ESCRITURAS
Trabalho apresentado à Faculdade de Teologia do Seminário Concórdia de Porto Alegre, Departamento de Teologia Prática, em cumprimento parcial aos requisitos para o grau de Bacharel em Teologia.
Lindolfo Pieper
Porto Alegre
1975
INTRODUÇÃO
Maçonaria é um termo francês que provêm do germânico Makon, do alemão Machen, que significa fazer, construir; daí pedreiro, construtor ou arquiteto. A aplicação do nome se justifica pelo fato da primitiva sociedade originalmente ter se derivado de pedreiros especializados da Idade Média, que, com seus segredos profissionais e conhecimentos de construção formavam uma espécie de sindicato. A Maçonaria é uma sociedade secreta, que, com os seus mistérios, símbolos e, especialmente, segredos, tem despertado a curiosidade de muitos, provocando muitas controvérsias e sendo causa de muitos estudos. Para alguns a Maçonaria é uma sociedade secreta como tantas outras; para outros é uma espécie de religião, em que se entrega a alma ao diabo para adquirir riqueza; e ainda para outros é um mistério oculto, cujo nome provoca a lembrança do “bodão preto”. A verdade é, por paradoxal que pareça, quase nada se sabe sobre esta misteriosa organização, nem mesmo os maçons.1 Alguns escritores a tem como um meio de produzir obras literárias; alguns políticos consideram-na como um inimigo da pátria; e alguns líderes eclesiásticos a vem como um perigo que se alastra como joio no seio da igreja. Os autores maçons procuram a todo custo apagar essa imagem, e, através de volumosas obras, dar um aspecto um pouco mais digno a sua organização, chegando mesmo ao contra-senso de tornar conhecido aquilo cujos segredos não podem ser revelados. Nessa tentativa utilizam tudo que é elemento, mesmo a mentira, para dignificar a organização. Invocam acontecimentos