Malba TAHAN
O homem que amava a matemática
O escritor brasileiro Malba Tahan vestido em trajes das mil e uma noites.
Números gigantescos? Contas sem sentido? Grandes abstrações? Palavras e conceitos estranhos? Dificilmente seu aluno vai se interessar por esses conteúdos do ensino da Matemática. E ele terá razão se disser que não vê nenhuma utilidade em estudar isso tudo. A maioria dos alunos desanima diante de tanta complicação. Mas, se o raciocínio for estimulado com brincadeiras, na forma de charadas, jogos ou histórias de aventura, logo observamos que não é tão difícil cativar os alunos para aprender Matemática.
O Brasil teve um especialista nesse tipo de atividade, conhecido como Malba Tahan, um escritor que contava histórias das Arábias. Malba Tahan era o pseudônimo do professor de Matemática Júlio César de Mello e Souza, nascido em 06/05/1895 no Rio de Janeiro, viveu em Queluz e morreu no Recife em 17/05/1974. Professor Emérito da Faculdade Nacional de Arquitetura, do Instituto de Educação do Distrito Federal e professor do Colégio D. Pedro II, ele é o autor de um dos maiores sucessos de todos os tempos, o romance O Homem Que Calculava.
Em homenagem ao centenário de seu nascimento ocorrido no ano de 1995 a Câmara Municipal da cidade de São Paulo e a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criaram o Dia da Matemática a ser comemorado anualmente em 6 de maio através de eventos, trabalhos, feiras, teatro, leituras, exposições escolares e outras atividades.
Num tempo em que as escolas cultivavam o medo diante do professor e uma Matemática que parecia se destinar apenas a uns poucos "iluminados", o professor Júlio César defendia exatamente o contrário.
Ao recomendar o uso de jogos na aprendizagem, ele tinha consciência de que é uma estratégia eficaz para entender conceitos de número e operações, além de educar a atenção, despertar interesse por mais conhecimento e contribuir para o espírito de grupo. O jogo é a própria representação do