Loucuras loucuras
Construção civil brasileira rompe fronteiras
Grandes empreiteiras impulsionam obras de infraestrutura na América Latina e se prepararam para ganhar mercado na China e na Rússia
Por: Altair Santos
O esforço do Brasil em se tornar um líder regional fez com que na década passada algumas das grandes empresas do país rompessem as fronteiras para ganhar mercado no exterior. O ponto de partida foi a expansão de seus negócios pela América Latina. Hoje, 53% dos principais grupos nacionais atuam no continente. Entre eles, os gigantes da construção civil.
Obras do Trem Elétrico de Lima, no Peru: projeto da Odebrecht na capital do país.
Atualmente, as principais empreiteiras brasileiras estão consolidadas internacionalmente. Segundo a mais recente edição do ranking das transnacionais brasileiras, elaborado pela Fundação Dom Cabral, e que engloba 400 empresas, Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade & Gutierrez despontam entre as 30 empresas que encabeçam a lista.
Essas e outras construtoras são apontadas como fundamentais para fazer avançar a infraestrutura latino-americana. Elas estão presentes em construções de rodovias, portos e hidrelétricas. Os investimentos passam da casa dos bilhões de dólares. No Peru, por exemplo, a Odebrecht planeja injetar US$ 10 bilhões até 2015.
São ações que contam com o incentivo do governo brasileiro. Recentemente foram criados diversos programas para estimular a internacionalização das empresas brasileiras. Um deles é o FINEM (Financiamento a Empreendimentos), do BNDES, que dá suporte às aquisições, expansão e modernização de empreendimentos no exterior.
Sílvio Areco: qualidade da engenharia brasileira a credencia a atuar no exterior.
Além disso, o Itamaraty facilita a internacionalização das empresas brasileiras, por meio de suas relações diplomáticas com outros países, através da qual negocia a diminuição de barreiras alfandegárias e acordos para estabelecimento de subsidiárias