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Autores: Evaristo Emigdio Colmán Duarte, Silvia Alapanian
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
RESUMO: No Serviço Social, o “Projeto Ético-Político” ocupa um espaço cada é apresentado e defendido como sendo o único projeto político da profissão. Mas com os diversos profissionais é preciso reconhecer a nessária pluralidade e questionar a existencia de um único projeto político de forma crítica.
Os organizadores do XI ENPESS – encontro nacional de pesquisadores em serviço social, colocam novamente no centro do debate o Projeto Ético-Político. A regularidade com que é pautado este assunto nos encontros, congressos, simpósios da categoria e nas escolas nos últimos anos, testemunha a centralidade que adquiriu o tema na própria identidade do Serviço Social brasileiro.
Todavía, num universo de profissionais das mais diversas regiões, quer dizer, necessariamente plural, cabe questionar a legitimidade de continuar se postulando um único Projeto Ético-Político. A reflexão a seguir objetiva estabelecer alguns tópicos para organizar o tratamento crítico deste assunto que reflete o debate ocorrido no Grupo de Pesquisa Processos de Trabalho do Serviço Social da UEL.
1. DE ONDE VEM O PROJETO-ÉTICO-POLÍTICO?
O Projeto Ético-Político é a continuidade do processo de ruptura com a orientação até então vigente no âmbito profissional, protagonizado pelas vanguardas profissionais [1] do Serviço Social no Brasil no final da década de 1979 e início da de 1980. À orientação anterior estas vanguardas deram o nome de
Serviço Social tradicional. Marco emblematico deste processo foi o III Congresso Brasileiro de Assistentes
Sociais realizado em São Paulo em 1979. Outro evento importante que identifica este processo foi a reformulação do currículo vigente desde 1970 em que se substituiu o ensino dos chamados métodos de caso, grupo e comunidade por metodologia do Serviço Social. Embora modesta do ponto de vista formal, a