Leitura e Produção de Texto
“Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é à vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. As cabeças pensas a partir de onde os pés pisam. Para compreender é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive que experiência tem em que trabalha que desejos alimenta como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. Sendo assim, fica evidente que cada leitor é coautor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.” BOFF (1997, p.9).
A grande importáncia da leitura na vida de todo cidadão, e o papel da escola na formação de leitores competentes e possuidores do hábito de leitura, acarreta em motivo de discussão entre autores, que revelam diferentes concepções de leitura. A concepção de leitura com foco no autor, cabe ao leitor reconhecer as intenções, expressões e sentidos de construção de texto na visão exclusiva do autor, que desconsidera o leitor. Também a concepção de leitura com foco no texto é estruturalista, defende leitura como codificação e decodificação de texto como espaço exclusivo da produção de sentidos que, novamente desconsidera o leitor. No conceito como foco na interação autor-texto-leitor, a leitura é uma atividade de produção de sentidos, que interagem, texto e sujeitos. Segundo os parámetros curriculares de Língua Portuguesa, a leitura é uma atividade que implica estrategias de seleção, antecipação, inferéncia e verificação. “ “Paulo Freire diz que ler é tomar consciência, e que a leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive.” Para uma