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5837 palavras 24 páginas
Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Vol. 2, Nº 1, Janeiro-Junho (2008)

O Método Comparativo e a Ciência Política

Rodrigo Stumpf Gonzalez1
Introdução
A definição do método utilizado parece ser a questão mais temida atualmente nas bancas de trabalhos de conclusão de curso e de dissertações da área de ciências sociais. É cada vez mais comum o uso de uma frase, muitas vezes descontextualizada, dizendo que "o método utilizado neste trabalho é X", para resolver o problema da definição. Questionar sobre o porquê deste enquadramento é colocar o avaliado em risco de um colapso cardíaco.
Por um lado, a discussão sobre epistemologia e método, como caminho lógico na construção do conhecimento, tem desaparecido dos currículos da graduação e dos mestrados, substituída pelas exigências de especialização dos conteúdos, pela compressão dos tempos dos cursos, priorizando-se a formação em temas específicos da área de conhecimento, em detrimento de uma formação mais geral. Por outro lado, tem sido desconsiderada por discurso crítico, que usa a acusação de "cartesianismo" como suficiente para desqualificar qualquer exigência de definição mais estrita de procedimentos lógicos de um trabalho.
Na contramão desse caminho, este trabalho procura resgatar a importância do método comparativo como uma das opções de método nas ciências sociais e na ciência política, apresentando, em linhas gerais, seus pressupostos e desenvolvimento, com a discussão de seu uso no passado recente e seus limites e possibilidades.
Método Comparativo
Buscando suas origens, o desenvolvimento da concepção de método comparativo se deve, em grande parte, ao trabalho de John Stuart Mill, Sistema de
Lógica Dedutiva e Indutiva, de 1843.
O autor propõe, nesta obra, as regras fundamentais do que deveria ser o raciocínio lógico e científico. Em relação aos métodos de pesquisa experimental, definiu duas formas básicas, que se dividem. Segundo Mill:
Os métodos mais simples e

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