Juju

Já fazem quase 4 meses que não sinto borboletas se debaterem no meu estômago. Mesmo que elas quisessem aparecer, não seria como quando era com você. Mais parecia um tiro no vácuo do que borboletas. Às vezes passa. Mas sempre é momentâneo e nunca como eu imagino. Todos aqueles 4 meses que passam como filme na minha cabeça e me torturam da pior forma possível, resultam só em noites de insônia. Me vejo daqui uns 5 anos, lembrando que tu podia ter sido o amor da minha vida e que acabou. Na verdade, depois que se passaram 120 dias, tenho cada vez mais certeza disso. Alguns amores não foram feitos para serem vividos, e sim, somente, para existir. E isso é o que me aconchega sempre. O simples fato de eu ter aprendido o que era amor, com alguém como você, já me faz imensamente feliz. E não tem remédio e não tem cigarro que acalme o diabo de pensar o que a gente podia ser. Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez. Mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei. Quando eu penso em você, minha mente se inunda de coisas boas e automaticamente me lembro do seu sorriso. Amar é preparar o coração para se decepcionar. Agora eu sei. Demorou um pouco sabe? Pra eu entender que meu celular não iria tocar de madrugada e consequentemente não iria ser você. Que ninguém viria a tardinha, bateria na porta do meu quarto e me olharia com aquele sorriso enorme no rosto. Que não seria você. Demorou pra eu entender, que não seria mais você que iria segurar minha mão enquanto passeávamos por ai, nem que seria você que escutaria los hermanos comigo. "Eu só aceito a condição de ter você só pra mim, eu sei, não é assim". E não é mesmo. Eu me acharia tão ridícula se me visse de fora desse meu mundinho melancólico e doentio agora. E sabe mais de uma coisa? Eu amo cada canto seu. Desde o mais escuro até o mais claro. Cada sorriso, cada jeito de olhar, desconfiado. Cada palavra que saia da sua boca. Tudo. E vou continuar amando. Quando eu tiver meus 90 anos, eu vou me lembrar, de