Jogos de empresas
como
Recurso
Didático
na
Formação
de
Autores: Magda Raquel Guimarães Ferreira dos Santos (EA/UFRGS) e Siusiane Lovato (EA/UFRGS) Resumo Os jogos de empresas surgem como um método de ensino que integra a teoria à prática por oportunizar ao aluno vivenciar os conceitos aprendidos em sala de aula o mais próximo do real. Para alguns autores, a utilização deste recurso didático na formação de administradores promove a preparação de profissionais mais completos e maduros para enfrentar o mercado de trabalho. Este artigo tem por objetivo levantar na literatura os pontos fortes e fracos da utilização dos jogos de empresas como recurso didático na formação de administradores. A partir disso, constatou-se que os jogos de empresas proporcionam um diferencial na aprendizagem, reduzem a distância entre teoria e prática e são bem aceitos pelos alunos. Todavia, a complexidade na utilização, os altos custos e a necessidade de grande dedicação do professor são pontos restritivos à adoção do método. Introdução Os jogos de empresas não se limitam a um modismo, mas sim uma tendência secular que se acentua nos dias atuais com o avanço tecnológico (VICENTE, 2001). Além disso, demandas por instituições de ensino superior que preparem os futuros administradores para lidarem efetivamente com processos de comunicação, tomada de decisão e mudança organizacional (RAMOS, 2001), ampliam os olhares para recursos didáticos como o tratado neste trabalho. E tendo em vista que muitos cursos de administração enfatizam exageradamente o que deve ser em detrimento do que é, divorciando, conseqüentemente, a teoria da prática, tendem a recomendar o ideal e ignorar as restrições, pressões e limitações das situações reais (RAMOS, 2001). Os jogos de empresas são uma alternativa didática para levar o estudante a desempenhar, em representações de situações administrativas, vários papéis comparáveis aos do sistema real, privilegiando o aprender