Introdução ao Pensamento Epistemológico

O autor inicia apresentando alguns instrumentos conceituais: “Saber”, “Ciência” e “Epistemologia” e faz uma breve apresentação sobre a conceituação da epistemologia apesar de pontuar sobre a sua dubiedade, tendo em vista que a mesma ainda está em processo de formação enquanto disciplina.
O texto apresenta a epistemologia enquanto uma nova disciplina cuja construção é lenta, gerando conflitos em virtude de certos antagonismos fundamentais por parte das abordagens epistemológicas. Por esta razão, esta disciplina apresenta certa dificuldade de seu estatuto ser bem definido, tanto em relação às Ciências quanto em relação à Filosofia. O campo de pesquisa da epistemologia é imenso, por isso há variedades de conceitos de epistemologia. Em sua noção mais simples, a epistemologia significa etimologicamente, discurso (logos) sobre a ciência (episteme) e tal discurso surge a partir do século XIX no vocabulário filosófico. Desde o início da formação da ciência, a epistemologia, apresenta-se como integrante do discurso filosófico e está relacionada ao tradicionalismo da filosofia, a mesma era colocada como uma disciplina especial dentro da filosofia e a responsabilidade pelas pesquisas cabiam aos filósofos. Dentre as quais estavam as epistemologias tradicionais, chamadas de filosofia das ciências.
Japiassu pontua que Lalande considera que a epistemologia é a filosofia das ciências e nesse campo a colocou como um estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências determinando a origem lógica das ciências, valor e alcance. E ainda que, epistemologia usaria a ciência como simples pretexto para filosofar. Tendo em vista essa dependência da filosofia com a ciência em sua relação, podemos citar três funções clássicas da filosofia da ciência: 1. Situando o lugar de conhecimento; 2. Estabelecendo limites de conhecimento; 3. Buscando a natureza da ciência.
No referido texto a ocupação básica da epistemologia consiste em conhecer o conhecimento e