Infância e publicidade
Neste trabalho procura-se apresentar uma síntese de como o público infantil é visto pela ótica da publicidade, e como ela, e consequentemente o consumismo, afeta a infância. Sabe-se que há várias discussões nesse âmbito, sobre o que é correto ou não para ser divulgado pelos meios de comunicação, sobretudo na televisão. Na perspectiva de algumas ONGs a publicidade infantil é um “atentado” a vida social da criança, devido à isso procura-se fazer a regulamentação dos meios publicitários. Porém, se estudada mais a fundo, a publicidade não tem unicamente a intenção de vender um produto ou marca, mas também de ajudar na formação moral e social do público infantil. Com base nos estudos de, entre outros, Salles, Lopes, Férres, Bauman, Schmidt e Kincheloe, procura-se dar um maior esclarecimento sobre a relação publicidade versus infância.
Palavras-chave: Publicidade. Televisão. Infância. Consumismo.
1. INTRODUÇÃO
A publicidade atinge, por meio da mídia, praticamente a totalidade da sociedade ocidental moderna. Com estratégias persuasivas e eficazes, é difícil achar alguém que nunca tenha sido “tentado” a adquirir algum produto ou serviço exibidos em propagandas. Consequentemente, a publicidade é de fundamental importância para o mercado capitalista e para a economia global.
A influência que a publicidade provoca leva a uma discussão de até que ponto as propagandas são “corretas”, e sobre a necessidade de uma regulamentação. O principal objetivo da regulamentação é fazer com que a publicidade seja produzida e distribuída pela mídia – principalmente pela televisão - de forma não prejudicial às pessoas, sobretudo o público infantil. A exposição das crianças à televisão e aos apelos do consumismo causa polêmica por saber-se que elas formam um grupo suscetível às influências externas, sendo necessário definir o papel e a importância da criança no mercado de consumo levando em consideração não apenas a comunicação das empresas e as mensagens