Imigrantes
O imigrante no universo do trabalho
Não há nenhuma contradição no processo de migração, mas a manifestação do funcionamento e do dinamismo do desenvolvimento das economias e da sociedade atual. Pode haver áreas, segmentos nos quais a demanda de trabalho não encontra a oferta correspondente e vice-versa. Outro aspecto a levar em conta é em relação às diferenças regionais, é possível encontrar altos índices de desocupação numas e alta demanda por traballho noutras. Dados mostram que são jovens e mulheres os que compõem a maior parte dos índices de desemprego. Na “sociedade pós-industrial” reaparecem muitos trabalhos manuais precários, pouco retribuídos e pouco qualificados, etc. Isso faz com que, pelo custo baixo e pela possível adequação e necessidade, os imigrantes se insiram. Muitos trabalhos foram criados pela existência de um dinamismo de oferta para ocupar esses espaços, como é o caso da doméstica, de vendedores ambulantes, de prostitutas, entre outros. Aparentemente, é possível dizer que os fluxos migratórios causam desenvolvimento nos países de destino. Calcula-se que em torno de 15% das atividades efetuadas pelos imigrantes possuem alguma característica de informalidade, ao mesmo tempo, aposta-se nos imigrantes, principalmente nos jovens, como saída para a crise da previdência e como possibilidade de crescimento da economia como um todo. Segundo o trabalho produzido pela Cáritas de Roma, em 2005, o sistema produtivo italiano, em grande parte, é sustentado pelos imigrantes, que, em 2004, participaram com em torno de 7,4% na agricultura, 21,7% na indústria, 27,2% nos serviços, 43,7% nos serviços domésticos. O Brasil já figura entre as dez nacionalidades de empreendedores extracomunitários, fazendo-se presente, em setores como comércio, construção e agricultura. Os empreendedores brasileiros não são tão jovens, não possuem nível de escolarização elevado, não conhecem muito a língua italiana, possuem círculo de conhecidos e amigos