História do Fotojornalismo no Brasil
No começo, a fotografia foi concebida como um registo coerente o suficiente para se passar por verdade. Assim, ela acabou sendo adotada pela imprensa. Atualmente, através de uma análise crítica dessa atividade e da bibliografia acerca de sua função e funcionalidade, percebemos o registro fotográfico não como algo que traduz a realidade, mas como uma ferramenta indispensável na representação da realidade, tanto através de jornalismo quanto sob outros meios.
Pela consciência de que a fotografia é um veículo próprio de comunicação, Augusto Malta é considerado um dos pioneiros do fotojornalismo no Brasil. Suas fotos documentavam a identidade social e os aspectos da paisagem urbana do Rio de Janeiro. Registrando de maneira espontânea cenas cotidianas e marcantes da cidade, sendo assim, publicadas em revistas e jornais como Kósmos, Renascença, Fon-Fon, A Noite e Ilustração Brasileira. Foi o fotógrafo oficial da Prefeitura, constituindo, na primeira metade do século XX um acervo de mais de 80 mil imagens, incluindo os registros da derrubada do Morro do Castelo e o crescimento vertical das construções da modernidade.
O Brasil durante todo o século XX abrigou grandes profissionais, com grande primor técnico, que se consagraram através do trabalho fotográfico que eles desenvolveram na imprensa tupiniquim. Dentre eles estão Jean Manzon, francês que iniciou carreira como repórter fotográfico no jornal Paris SoirII, participou também do grupo de jornalistas que fundaram o Paris Match, semanário francês. Durante a Segunda Grande Guerra ingressou na marinha francesa como repórter fotográfico e ao final da guerra conheceu o brasileiro Alberto Cavalcanti e decidiu estabelecer-se no Brasil. No Brasil, fez parte de várias revistas ilustradas dos Diários Associados, principalmente em O Cruzeiro, revolucionando o modo de se fazer fotografia no país. Em 1952 fundou sua empresa cinematográfica onde produziu cerca de 900 documentários, abordando