História da filosofia

Introdução Estudar a “história da filosofia” é mais que conhecer os grandes pensadores do passado e consequentemente seus conceitos. É antes, no dizer de Hegel: “A representação da série dos espíritos nobres, a galeria dos heróis da razão pensante, os quais, graças a essa razão, lograram penetrar na essência das coisas, da natureza e do espírito, na essência de Deus1, conquistando assim com o próprio trabalho o mais precioso tesouro: o do conhecimento racional”. Entretanto, se a filosofia ganhou ao longo dos séculos muitos adeptos, não o foi por mérito de um ser em particular, senão, pelo trabalho e obra de incontáveis pensadores que ao arguir e refletir sobre as mais diversas circunstancias da vida, despertaram milhares de milhares para a necessidade de uma investigação mais acurada acerca das questões que envolvem não apenas o viver e o existir, mas também a razão intrínseca a cada uma delas, indo muitas vezes muito além e esquadrinhando matérias como ética, moral e até mesmo a religião. No decurso dos anos, surgiram filósofos que se destacaram por seu saber e questionamentos tão profundos que, diga-se de passagem, em determinados momentos, nem mesmo eles próprios, puderam responder de maneira satisfatória. Contudo, suas sábias palavras e sua incansável busca, seja pelo conhecimento em si, seja pela verdade2, permanecem até os dias atuais, despertando em muitos a curiosidade de saber não apenas a origem, mas também o destino das coisas, sejam elas físicas ou abstratas. Com seu conhecimento e labor investigativo deixaram à humanidade contribuições teóricas e práticas que entraram para a história. Desse modo, ao falar da “história da filosofia” faz-se necessário entendermos a distinção entre “filosofia da história” e “história da filosofia”. A filosofia da história é meramente uma filosofia, ou seja, um pensar acerca do tempo. Por outro lado, a história da filosofia não é uma filosofia, mas uma ciência positiva. Assim, “a história da filosofia é o estudo do