Resumo de História da Enfermagem – ESTÁCIO – AV1 – Por Heloísa Nogueira Desde o surgimento do homo sapiens, a ação de cuidar vem acompanhando a trajetória do ser humano, do nascer a morte. Na antiguidade remota, cabia às mulheres cuidar da habitação e da prole, além de feridos e idosos; aos homens cabia prover as necessidades do grupo com alimentação, seja caçando, pescando ou colhendo frutos silvestres. Como símbolo da fecundidade, a mulher ficava responsável por todas as tarefas relativas ao nascimento e ao cuidado com crianças, doentes e moribundos. Já os homens, por serem fortes, deveriam cuidar de ferimentos de guerra, traumatismos e fraturas, assim como dominar pessoas agitadas ou embriagadas. Dessa organização de tarefas surgiu a primeira divisão sexuada do trabalho. O cristianismo exerceu enorme influência na ação de cuidar, pois, ao valorizar o cuidado com pobres e doentes, fez com que pessoas da nobreza, como reis e rainhas, se despojassem de seus bens para se dedicar à caridade ou transformassem seus palácios em abrigos para os menos favorecidos. Por outro lado, ocorreram inúmeras guerras de conquista ou invasões, assim como grandes flagelos causados por diferentes epidemias. Ao final de cada guerra, o povo vencido tornava-se escravo do vencedor, que dele necessitavam como base econômica do Estado agrário. A queda do Império Romano, em 476, foi seguida por um grande caos, e a Igreja teve dificuldade em organizar-se, mas conseguiu fazê-lo em três frentes: a luta pelo poder que mantinha nas cidades com os aristocratas e monarcas; o desenvolvimento da vida monástica como alternativa para dar proteção a homens e mulheres nos mosteiros; e a organização e patrocínio das Cruzadas para libertar a Terra Santa do poder de muçulmanos. As Cruzadas eram expedições militares que contavam, entre seus participantes, com os guerreiros e também com monges e senhores feudais. Todos estampavam uma cruz vermelha nos ombros, no peito e nas bandeiras, daí o nome de cruzada,