Historia da cultura surda
DEPARTAMENTO GEOGRAFIA – DG
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA
VI SEMESTRE – NOTURNO
PERIODO: 2011.2
DISCIPLINA: LIBRAS I
DOCENTE: NEEMIAS GOMES SANTANA
DISCENTE: CATIA MARIA RIVAS TEIXEIRA
“Enquanto houver duas pessoas surdas sobre a face da terra e elas se encontrarem, serão usados sinais.” J. Schuyler Long
RESENHA
É importante fazer um retrospecto com a intenção de se ter uma visão geral de como o Surdo tem sido visto e educado, e assim, conhecendo desta forma como se deu a construção desta trajetória, tentando compreendê-la nos seus aspectos mais importantes, levando em conta, é claro, as dificuldades que o Surdo passa para se constituir enquanto sujeito. Apesar de não serem educados, na Idade Antiga os surdos eram consideradas criaturas privilegiadas e por isso eram respeitados e temidos. Contudo, no período que compreende dos Gregos e Romanos até a Idade Moderna, eles passam a ser incômodos à sociedade, e os ouvintes passam a considerá-los como seres humanos que não eram competentes. Isto decorria do pressuposto de que o pensamento não podia se desenvolver sem linguagem, que por sua vez não se desenvolveria sem a fala. Nesta época, considerava-se que a fala não se desenvolvia sem a audição, portanto, aqueles que não ouviam não falavam e consequentemente, também não “pensavam” e não poderiam aprender. Isto ocorreu durante séculos, quando então foi iniciado o trabalho de “recuperação” dos Surdos-Mudos. A necessidade em se dar fala à eles era primordial, era a sua “humanização” que só seria conseguida desta forma. É possível constatar que na atualidade esta concepção ainda se faz presente, resta saber o quanto este conceito ainda está interiorizado nos atuais educadores, nos familiares dos Surdos e na população em geral. A primeira alusão à possibilidade do Surdo poder aprender através da Língua de Sinais ou da língua oral é encontrada