Herança cultural
Afinal, ela nos favorece ou prejudica culturalmente?
RESUMO
No campo das antropologias não-biológicas (etnologia, antropologia social e cultural), há uma diversidade de abordagens. A noção de cultura é básica para se compreender os movimentos pelos quais passou esta disciplina, inicialmente parte da Antropologia (geral, sem distinções) do início do século XIX, e que pretendia abordar todos os aspectos das questões acerca da diversidade humana. Já na Antropologia Física (biológica) substitui o conceito de Raça pelo de População, desde meados do século XIX até meados do Século XX, ocorreram no âmbito da Antropologia de cunho mais social, em que a diversidade humana transitou pelos conceitos de Raça, Etnia e Cultura. E se confunde com a própria história da disciplina.
PALAVRAS-CHAVE: Cultura, diversidade e raça.
1 Introdução
Atualmente, muito se ouve dizer sobre diversidade cultural. Mas o que ela é? Do que ela trata? Como identificá-la?
Segundo Clyde Kluckhohn (1963, p. 19), “um homem de cultura é capaz de falar línguas diferentes da sua, que conhece a história, a literatura ou as belas artes”. Ou seja, um homem culto não é conhecedor apenas das características da sua sociedade, da sua região, mas é conhecedor das outras culturas que o cercam, e que é capaz de aceitá-las, apesar de alguns de seus costumes serem considerados absurdos pela sociedade ou pela cultura em que ele vive. E é esse homem com essa capacidade de aceitação das demais culturas é o que possibilita a supracitada diversidade cultural. Ou seja, a diversidade cultural nada mais é do que uma junção saudável de diferentes culturas.
Essa capacidade de aceitação do diferente que não é inerente ao homem, mas que grande parte da humanidade possui, é capaz de permitir a convivência saudável das diferenças, pois, segundo Kluckhohn (1963, p. 20) “uma das particularidades interessantes dos seres humanos é a de que procuram compreender a si mesmos e ao seu próprio comportamento”. Em