Golpe militar de 1964

Golpe militar de 1964

Na madrugada do dia 31 de março de 1964, um golpe militar ocorreu contra o governo legalmente constituído de João Goulart com a falta da reação doa governos militares que lhe davam apoio, não se conseguiu articular os militares legalistas, fracassando também em uma greve geral proposta pelo comando geral dos trabalhadores (CGT) em apoio ao governo. João Goulart em busca de segurança viajou do Rio de Janeiro para Brasília em seguida para Porto Alegre, onde Leonel Brizola tentava organizar a resistência com o apoio dos militares legalistas.
Antes mesmo de João Goulart deixar o país, o então presidente do senado, Auro de Moura Andrade já havia declarado vago a presidência da república. O presidente da câmara dos deputados, Raniere Mazzili assumiu. O poder real no entanto, encontrava-se em mãos militares No dia 2 de Abril foi organizado o auto denominado “ Comando supremo da revolução” composto por três membros: Brigadeiro Francisco de Assis Corrêa de Melo(Aeronáutica), Almirante Augusto Rademaker(Marinha) e o General Artur da Costa e Silva, representante do exercito e homem-forte triunvirato. Eles permaneceram no poder por duas semanas Após os primeiros dias do golpe uma violenta repressão atingiu os setores políticos mobilizados a esquerda como por exemplo o CGT, a UNE, as Ligas Camponesas e grupos católicos. A junta baixou um “Ato inconstitucional”, uma invenção do governo militar que não estava prevista na constituição de 1946 nem possuía fundamentação jurídica. Seu objetivo era justificar os atos de exceção que se seguiram. Ao longo do mês de Abril foram abertos centenas de Inquéritos Policiais-Militares(IPMs), a maioria chefiado por coronéis. Parlamentares tiveram seus mandatos caçados, cidadãos tiveram seus direitos políticos suspensos, e todos os funcionários públicos, civis e militares foram demitidos ou aposentados. Entre os caçados estavam João Goulart, Jânio Quadros, Miguel Arraes, Leonel Brizola e Luiz Carlos