GLOBALIZAÇÃO NO ESPORTE
“É possível produzir um produto em qualquer lugar, usando recursos de qualquer lugar, para ser vendido em qualquer lugar”. A frase do economista Milton Friedman, vencedor do prêmio Nobel de economia, ilustra bem esse processo, e pode ser aplicada no esporte.
A recente decisão da NBA (National Basketball Association) em realizar algumas partidas de sua temporada regular em Londres é um bom exemplo desse processo, pois até então, apenas partidas amistosas nas pré-temporadas dos times da NBA eram realizados fora dos
EUA.
Para se chegar a essa definição levou-se em consideração a expressiva venda de ingressos quando os jogos amistosos ocorriam em
Londres, os quais se esgotavam com seis meses de antecedência, fato que não vem ocorrendo nos EUA, ainda influenciado pela crise econômica. Diante dessa situação, os gestores da liga, que já contemplavam o mercado internacional através da transmissão dos jogos pela TV, de sites customizados para cada país, da realização de pré-temporadas no exterior e da contratação de jogadores estrangeiros, decidiram realizar partidas oficiais naquela cidade, onde a população é carente de bons jogos desse esporte.
Contribuiu também para essa decisão, o fato de a Adidas ter assumido a operação de licenciamento dos produtos da NBA na Europa.
Porém, os exemplos não se restringem ao Basquete, nem aos esportes que serão citados a seguir, pois quase todas as modalidades esportivas convivem com esse fenômeno, que agrega vantagens técnicas e econômicas, desde que associadas a políticas flexíveis que protejam os objetivos de cada nação, clube, confederação ou entidade.
No futebol é muito comum ver equipes repletas de atletas estrangeiros, a
Internazionale de Milão, por exemplo, sagrou-se campeã da Champions League
2009-2010 sem ter nenhum