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CAPÍTULO II: Prática da Leitura no Brasil
É sabido que uma das maiores conquistas do homem, algo reponsável por trazê-lo até o patamar em que se encontra de ser social, científico e pensador, é a escrita e suas decorrências. Sendo ela um dos maiores instrumentos de divulgação e perpetuação de conhecimento, a sabedoria necessária à sobrevivência do homem possui uma importantíssima ligação com este meio de propagação massiva.
Gutenberg, cientista e inventor alemão, ficou famoso e marcou a história com uma das maiores invenções já vistas: a tecnologia da impressão e da tipografia, em 1440. Este maquinário consagrado era composto por cubos de chumbo fundido com o formato da letra, os quais eram reordenados formando as palavras. Essa nova facilidade para a manufatura de obras literárias iniciou a disseminação do conhecimento literário, acabando com o monopólio da Igreja Católica Apostólica Romana, a qual detinha a esmagadora maioria das obras, até então, trancadas em mosteiros.
Desde então, iniciou-se uma intensa distribuição de materiais de cunho crítico quanto à realidade do homem, indo de encontro ao sistema de controle populacional previamente instaurado pelas entidades que detinham o poder intelectual e financeiro.
No Brasil, no entanto, o hábito de ler nunca foi dos mais comuns: apenas uma pequena aristocracia pensanse tinha acesso às obras, e esta estava permanentemente a serviço do sistema instaurado há tempos, ou seja: não havia ameaça aos poderosos permitir a leitura à esta pequena parcela social.
Também, pouco há de se esperar. Quando o Brasil foi “descoberto” – é válida a reflexão “quem descobriu quem para a desgraça de quem?” –, no ano de 1500 por Cabral, fez-se uma pequena expeição e logo retornou-se para Portugal. Foram deixadas apenas três pessoas aqui: um ladrão, um estuprador e uma prostituta. Desde então o Brasil era usado como