FORRAGEM
A vegetação nativa foi um grande sustentáculo na alimentação e produção animal por um longo período de tempo nas regiões brasileiras. Os rebanhos nacional é mantido, na sua maioria, em áreas com solos de baixa fertilidade, sujeitas à estacionalidade climática, com reflexos na qualidade e quantidade da forragem produzida. No Nordeste, a instabilidade climática, caracterizada pela deficiente distribuição espacial e temporal das chuvas, acentua a estacionalidade e a quantidade da forragem produzida. Com a precipitação pluvial média que ocorre na maior parte da região, a produção de forragem se resume a um período máximo de quatro meses durante o ano (Azar., 2007).
Entretanto, no transcorrer das últimas cinco décadas tem-se observado um esforço para se produzir a alimentação do rebanho através dos cultivos de plantas forrageiras. Várias gramíneas têm sido avaliadas, ao longo dos anos, para a formação de pastagens buscando-se, sobretudo, elevada produtividade e persistência. Dentre estas se destaca principalmente o capim-buffel (Cenchrus ciliaris L.), para a regiões áridas e semiáridas e o Cynodon dactylon ( syn. Panicum dactylon , Capriola dactylon ) para regiões tropicais e subtropicais (Monção et al. 2011).
CAPIM-BUFFEL
O capim-buffel é a gramínea que, atualmente, apresenta-se com maior destaque das pastagens cultivadas nas regiões secas como o semi-árido nordestino. Originário da África, Índia e Indonésia foi introduzido e explorado na Austrália nos anos de 1870 a 1880, e a partir daí tem sido estudado e selecionado diversas variedades. O capim-buffel é uma espécie perene, de porte variando de 0,6 a 1,5 m de altura, dependendo da variedade ou cultivar (Monção et al. 2011).
Originário da África e com nome comum de Buffel Grass. O capim Buffel tem crescimento ereto, em forma cespitosa (touceira), produz forragem com boa palatabilidade e digestibilidade. Possui bom valor nutritivo e é bem aceito pelos animais em qualquer estádio de