Fisiopatologia Da Dengue
O processo patológico da infecção da dengue começa com uma relação íntima entre o hospedeiro e o vetor que transporta o vírus.
O Aedes aegypti é um mosquito peridoméstico, que se multiplica em depósitos de água parada, acumulada nos quintais e dentro das casas. Apesar da vida curta ele é voraz: pode picar uma pessoa a cada 20 ou 30 minutos.
Quando o mosquito pica uma pessoa infectada, o vírus se instala e se multiplica em suas glândulas salivares e intestino. A partir de então, o inseto permanece infectado pelo resto da vida (vive ao redor de 30 dias).
Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: sorotipos 1, 2, 3 e 4.
Os ovos do mosquito podem sobreviver um ano em ambiente seco, enquanto esperam a estação seguinte de chuvas para formar novas larvas.
Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: Dengue clássica (forma benigna, similar à gripe); Dengue hemorrágica (mais grave caracterizada por alterações da coagulação sanguínea); E a chamada Síndrome do choque associado à dengue ( forma raríssima, mas que pode levar à morte se não houver atendimento especializado.)
O período de incubação (da picada ao aparecimento dos sintomas) geralmente dura de 2 a 7 dias, mas pode chegar a 15 dias. A intensidade dos sintomas geralmente é mais leve nas crianças do que nos adultos. A doença é de instalação abrupta, com sintomas de: febre intermitente de intensidade variável (que pode chegar a 39°C e provocar calafrios), cefaléia, dores na região atrás dos olhos, nas costas, pernas e articulações. Muitos pacientes se queixam de dor ao movimentar os olhos, cansaço extremo e fraqueza muscular generalizada. Insônia, náuseas, perda de apetite, perversão do paladar e da sensibilidade da pele são freqüentes. Faringite e inflamação da mucosa nasal ocorrem em 25% dos casos.
Eritema (vermelhidão da pele) pode surgir no primeiro ou segundo dia. Bradicardia (diminuição da freqüência dos batimentos do coração) é encontrada