Filosofia

5) Dionínio e Apolo
Apolo, filho de Zeus, é a personificação da luz interior. Representa a razão, a consciência, a lógica ordenadora. No amor não teve sorte alguma, sendo protagonista de trágicos eventos ligados à morte.Com a narrativa desse mito pode-se perceber a dificuldade de se racionalizar a sensibilidade e de se colocar ordem nas questões do coração ligadas aos sentimentos. Assim, Apolo representa a luz que procura clarear o obscuro caminho das emoções.
Já Dionísio, assim como Apolo, filho de Zeus, conhecido também como Deus Baco, forte e inteligente, era dotado de características contraditórias como misterioso e sagrado, luxurioso e profano. Descobriu o fruto da videira e o transformou em vinho. O vinho tem o poder de liberar o espírito das aflições e deixar as pessoas mais soltas e descontraídas, possibilitando que liberem seus desejos mais profundos e reprimidos. Assim, Dionísio, o Deus do vinho e da alegria, é o responsável por libertar a mente e o corpo para a satisfação dos instintos mais primitivos na busca pelo prazer.
Estes dois Deuses, com características diferentes e contrárias entre si, podem nos ajudar na reflexão sobre a condição humana, uma vez que cada pessoa “carrega” dentro de si estas duas “dimensões” : racionalidade e irracionalidade.
Nietzsche, em sua obra “O nascimento da tragédia”, utiliza os dois personagens da mitologia grega para fazer uma analogia representativa do conflito que se passa no interior da “nossa mente” entre o princípio da racionalidade e ordenação e o princípio dos desejos, paixões e impulsos. Ele utiliza os dois personagens da Mitologia como “poderes artísticos” contidos dentro de cada ser.
“Ambos os impulsos, tão diversos, caminham lado a lado, na maioria das vezes em discórdia aberta …” (Nietzsche, O Nascimento da tragédia)
Com isso, ele demonstra a dualidade da existência humana que está entre a consciência racional e a irracionalidade inconsciente. O Deus Apolo representa o lado da razão, da ordem, da