Filosofia da linguagem
POR PROFº. MSC MOISES MARCIANO PRESTES DA SILVA
FILOSOFIA DA LINGUAGEM
POR PROFº. MSC MOISES MARCIANO PRESTES DA SILVA
Boa Vista –RR
Boa Vista-RR
2010
JUL/2012
FILOSOFIA DA LINGUAGEM
Adaptado por Porfº. Msc. Moises M. P. da silva
USO LITERÁRIO DA LINGUAGEM “A mudança no campo ótico do império disciplinar tornou-se inadiável. A cooperação interdisciplinar aos poucos se impôs (...) Trata-se de estabelecer e instigar esferas da coabitação, saberes reconstrutivos, lugares reciprocamente fecundantes.” (PORTELLA, 1993, pp.5-6)
O emprego da linguagem no dia-a-dia, na vida prática, bem como o seu emprego em textos técnicos, científicos são considerados usos. Para alguns estudiosos, o emprego da linguagem na literatura, ou o uso literário da linguagem, não deve ser considerado um uso particular da linguagem como os demais, mas a sua plena funcionalidade (ou a sua plenitude funcional), isto é, a plena realização de suas possibilidades, potencialidades, virtualidades. Eugenio Coseriu chega a afirmar: “qualquer outro uso, sendo precisamente uso, é uma redução da linguagem, tal como se apresenta na literatura com o desdobramento de suas possibilidades”. (COSERIU, 1993, p.39). Considera ele o emprego da linguagem na vida prática ou na ciência uma “drástica redução da plenitude funcional da linguagem”. Quando o fazemos, na realidade “minimizamos a linguagem”, reduzindo-a a mero instrumento de uma finalidade determinada e imediata, sendo que, em uso na literatura, a linguagem constituiria a finalidade em si mesma, o objeto maior a ser alcançado enquanto construção do sentido. (COSERIU, 1993; p.39) Muitos são igualmente os que criticam o privilégio dado à língua escrita, especialmente à língua literária, reivindicando a primazia da linguagem oral. Cabe lembrar que, tanto na linguagem falada como na linguagem literária, o usuário da língua pode exercer sua criatividade. Poeta e falante aí se equivalem. “Enquanto