filofofando

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A razão é a faculdade subjetiva que coordena os meios com os fins, é a faculdade de cálculo, operação e procedimento eficaz. Ela é a faculdade que classifica, ordena, julga, compara e discerne. Ela é uma instância de apelação contra as opiniões transmitidas e os hábitos da comunidade, pois possui como critério de julgamento a necessidade e a universalidade. Somente ela fornece os princípios universais e necessários capazes de conhecer os produtos transitórios da existência. Mas será que este diagnóstico é correto? A razão realmente pode conhecer o mundo tal como ele é? Podemos acreditar na universalidade da razão como critério de julgamento? Em nossa opinião, a razão não pode ser considerada a instância de conhecimento absoluto. Para defendermos esse argumento mostraremos através de um texto do filósofo da mente Thomas Nagel que a razão não pode ser considerada uma instância de conhecimento verdadeiro da realidade.
Thomas Nagel escreveu um texto intitulado “Como se sentir um morcego”. Neste texto ele critica os fisicalistas por não separarem os processos mentais dos processos físicos. Nagel defende uma teoria dualista separando mente de cérebro. Para Nagel, a consciência é um fenômeno muito amplo aparecendo em muitos níveis da vida animal, ainda que não podemos estar seguros de sua presença nos organismos mais elementares. Pode ser que existam consciências inteligentes em outros planetas, sistemas solares ou em todo o universo. O que importa de fato é que um organismo (seja ele terrestre ou não) tenha algumas experiência consciente. Isso significa que há algo na experiência consciente que sente ser esse organismo, algo que sente ser a causa desse organismo. Nagel chama a isto o caráter subjetivo da experiência.

As idéias de Nagel mostram que a razão não pode ser um critério de julgamento universal, uma vez q

a razão depende do aparelho perceptivo para compreender os objetos. A própria razão é uma parte desse aparelho. Nunca poderemos conhecer as coisas como

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