Filme: o que voce faria

Comentário geral: a obra é demasiadamente intrigante. O que direciona nossas ações? Acredito que está pergunta poderia ser acoplada ao questionamento que dá nome ao filme: “O que você faria?” Através deste questionamento é possível um debate sobre a ação e os princípios morais que norteiam tais ações. Enquanto que alguns, no filme, estão se subtendo a um método diferenciado para a seleção de emprego, numa atitude que poderia ser periferia, aparecem outros que estão lutando não apenas por empregos, mas por uma condição que promova à dignidade humana frente às orientações de um mundo capitalista. O mundo que se manifesta através da máquina que funciona como meio entre o candidato e o contratante. Mas diante deste mundo quem é o ser humano? Ele é apenas ‘um’ que faz parte de um grande jogo, manipulável, ou alguém que possua, em certa escala, um determinado valor? Se há valores, então, onde está o limite do aceitável e do inaceitável (num plano moral) quando o que está em jogo é uma grande carreira, ainda, uma grande carreira põe em deixa de lado valores morais? O filme, diante da discussão da moral, propõe outro viés para a discussão: como são estabelecidos os valores morais? Numa lógica de ordem do capital, a discussão da moral está voltada para estrutura que sustenta todo o sistema, segundo o autor “o capital busca pessoas moralmente competentes para executar, com firmeza seus atos imorais” (pág. 35), negando a validade das questões que são levantadas ao longo do parágrafo.

1. Em que medida o “método Grönholm” é um reality show?
De acordo com o autor “o método Grönholm é um método de contratação de pessoal onde o avaliar faz jogos psicológicos entre os participantes e joga uns contra os outros” (pág. 2). Ele se torna um reality show a partir do momento que os candidatos se inscrevem para fazer parte do processo seletivo. Onde os candidatos se desvelam ao método através da busca a cargo da empresa, passando por diversas seleções, preenchimentos de formulários