Filariose
FILARIOSE
A filariose é uma doença causada por um nematódeo, a Wucheceria bancrofti, sendo transmitida por mosquitos, principalmente o Culex quinquefasciatus.
É uma doença comum na África. Em nosso país já foi muito prevalente, sendo que atualmente está localizada em focos endêmicos na região metropolitana do Recife e, em menor escala, em Maceió, cidades onde as condições ambientais e de drenagem favorecem a permanência de alto índice de população vetorial. Em Belém, onde a eliminação encontra-se próxima, a infecção ocorre de forma residual.
Nos últimos anos o combate à filariose está apoiado no tratamento com Dietilcarbamazina da população que vive em área de foco.
No Brasil a primeira experiência com esta forma de abordagem foi realizada em Recife em novembro de 2003. Faz-se também o controle do vetor, visando reduzir a densidade populacional do mosquito transmissor, além de atividades de educação em saúde, para que as pessoas residentes nas áreas de foco aprendam a manejar os potenciais criadouros visando sua eliminação.
A prevalência da doença é aferida mediante exames hemoscópicos e a detecção de microfilárias em residentes das áreas de foco.
Nas últimas duas décadas houve uma variação nas atividades operacionais do programa de filariose, o que pode ter se refletido na detecção dos filariêmicos. Entretanto, há uma clara redução no Índice de Lâminas Positivas (ILP), que não pode ser atribuída somente a questões operacionais. Em Belém não se detectaram filariêmicos a partir de 2002, mesmo tendo sido examinados um total de 171.702 residentes em área de foco. Em Maceió o ILP de 2003 foi de 0,08, mantendo a tendência de redução.
Atualmente a filariose encontra-se em fase de eliminação. Entretanto, a descoberta recente de drogas mais potentes contra a W. bancrofti, assegurando maior efetividade nas ações de tratamento dos portadores, e experiências positivas em ações de controle do vetor, permitem colocar a