Fichamento: "Leitores, Espectadores e Internautas" - Canclini

2683 palavras 11 páginas
Fichamento:

Leitores, Espectadores e Internautas
Néstor García Canclíni

Há livros que discutem o significado de ler, ser espectador de um museu ou da televisão, navegar pela internet. Neste, García Canclíni explora como se transformam essas atividades quando praticada, as três, pela mesma pessoa. A partir do momento em que interatuam sob a égide da convergência digital, museus, editoras e meios de comunicação não podem mais ser como eram antes. O autor examina as fusões entre empresas dedicadas à produção de livros, mensagens audiovisuais e eletrônicas e investiga, em particular, os novos hábitos culturais. Breves artigos plenos de humor, ordenados como num dicionário, interagem à maneira de um hipertexto para redefinir, não apenas o que é ser leitor, espectador e internauta, como o modo pelo qual agora somos cidadãos culturais, nos relacionamos com o patrimônio, os museus e as marcas e para onde vai a pirataria, o zapping e os usos do corpo.

ABERTURA: (P.12)
“vivemos num mundo de histórias que começam e não terminam”.

ASSOMBRO: (P.14)
“(...) a surpresa incessante das inovações face à monotonia atribuída às tradições ou à padronização dos meios e projetos de massa. No momento em que as artes deixaram de chamar-se de vanguarda, cederam ao mercado, às galerias, aos editores e à publicidade a tarefa de provocar o assombro para atrair o público.”

“Vários antropólogos, assombrados pela globalização, temem que o cruzamento de tantas culturas “aumente o número de pessoas que viram coisas demais para serem suscetíveis de surpreender-se facilmente”.”

“Embora continue havendo inovações na arte e surpreendentes descobertas científicas, as maiores fontes de assombro, agora, provêm da diversidade do mundo presente na própria sociedade e daquilo que está distante ou é ignorado e que a conectividade aproxima.”

“A mera abundância de informação que acumula, na navegação digital, textos e imagens, acontecimentos, opiniões e publicidade, não constrói pontes num mundo

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