Fichamento de Conteúdo do Capítulo: Linguagem, língua, linguística, de Margarida Petter
PETTER, Margarida. Linguagem, língua, linguística. In: FIORIN, José Luiz (Org.).
Introdução à Linguística. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2010. Cap. 1. p. 11-23.
A autora começa o texto com duas definições sobre a criação do mundo – uma de
Hapâté Bâ e outra do Gênesis, 1,1-5. A semelhança entre elas é percebida devido à
linguagem verbal, que mesmo sendo duas definições distintas, porém semelhantes,
foram produzidas em épocas e povos diferentes, mostrando, assim, a associação de
palavras para comunicar, neste exemplo, a criação. A linguagem verbal exerce um
fascínio, pelo poder de que homem consegue se comunicar, trocar experiências e
conhecimentos a partir dela, ideias do que existe e do que não existe. Portanto, toda a
linguagem se dá por meio da comunicação social. Logo após, a autora faz um resumo
sobre a história do estudo da linguagem: os hindus dedicaram-se a escrever sua própria
gramática, o Sânscrito, com objetivo que os textos sagrados do Veda não sofressem
modificações, entre os quais Panini (séc. IV a. C.), se destacou; os gregos tentavam
saber se haveria uma relação entre a palavra e o seu significado. Platão discute isso no
Crátilo, já Aristóteles, em outra direção, tenta proceder a uma análise precisa da
estrutura linguística; Varrão destaca-se entre os latinos, dedicando-se por definir a
gramática como ciência e como arte; na Idade Média, os modistas consideravam que a
estrutura das línguas era una e universal, e assim, as gramáticas são independentes das
línguas; século XVI, por causa da Reforma Religiosa os livros sagrados foram
traduzidos para várias línguas, mesmo o latim sendo mantido como língua universal. O
primeiro dicionário poliglota foi elaborado pelo italiano Ambrosio Calepino, em 1502;
em 1660, a Gramática de Port Royal, de Lancelot e Arnaud, demonstra que a
linguagem se funda na razão, portanto, os princípios de análise