Fichamento capital fetiche
3.3. A TESE DA IDENTIDADE ILIENADA
“Martinelli (1989) traz pioneiramente ao debate o tema “identidade e alienação no Serviço Social”, com o propósito último de descobrir os nexos de articulação entre o capitalismo e a profissão, ou seja, “compreender o real significado da profissão na sociedade do capital e sua participação no processo de reprodução das relações sociais” (Martinelli, 1989: 5).” (p.283)
“[...] o texto apresenta a trajetória da racionalização da assistência social e das origens e desenvolvimento do Serviço Social no seu âmbito – na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil – sob o signo da “ilusão de servir”, parte das iniciativas da burguesia, da Igreja, do Estado para o controle social da classe operária e enfretamento da acumulação da pobreza. o propósito desse recorrido é identificar os óbices e as possibilidades para o desenvolvimento da identidade profissional e da consciência social dos assistentes sociais”. (p.283)
“Para Hegel, a dialética, mais que um simples método de pensar, é “a forma em que se manifesta a própria realidade: é a própria realidade que alcança sua verdade em seu completo autodesenvolvimento”. (Ferrater Mora, 1986:1454). Na perspectiva hegeliana, “o conhecimento não é a mera representação por um sujeito de algo externo; a representação por um sujeito de um objeto é, por sua vez, parte do próprio objeto. A consciência não é consciência só do objeto” (Idem: 1454), mas consciência também de si, o que supõe a dialética entre sujeito e objeto”. (p.284)
“[...] para entender a proposta analítica da autora. Seu pressuposto é que existiria uma “identidade da profissão em si mesma”, considerada como elemento definidor de sua participação da divisão social do trabalho e na totalidade do processo social. A tese supõe uma “identidade em si”, estabelecida idealmente como “identidade