Fichamento: CAMPOS, Maria Malta; FULLGRAF, Jodete; WIGGERS, Verena. A qualidade da Educação Infantil Brasileira: Alguns Resultados de Pesquisa. Cad. Pesqui., São Paulo , v. 36, n. 127, 2006.

3407 palavras 14 páginas
CAMPOS, Maria Malta; FULLGRAF, Jodete; WIGGERS, Verena. A qualidade da Educação Infantil Brasileira: Alguns Resultados de Pesquisa. Cad. Pesqui., São Paulo , v. 36, n. 127, 2006.

Campos, Fullgraf e Wiggers(2006) iniciam com resumo demonstrando a finalidade do artigo, que analisa dados levantados em pesquisas sobre a qualidade da educação nas instituições de educação infantil no Brasil, entre os anos de 1996 e 2003. As autoras concluem que os resultados demonstram a grande distância entre as metas legais e a situação real da maioria das crianças.
As décadas de 70 e 80 foram marcados por diversas lutas em busca de acesso a creches, promovidas por movimentos de bairros e sindicatos nas grandes cidades. Sobre esses movimentos, Campos, Fullgraf e Wiggers(2006) apontam:
No âmbito dos movimentos sociais, a demanda por creches era vista da perspectiva do direito da mãe trabalhadora; em outro espaço de mobilização, os movimentos pela defesa dos direitos de crianças e adolescentes lutavam principalmente pelo atendimento a crianças de famílias consideradas em situação de risco.

Nesse sentido:
A qualidade da educação oferecida nas instituições de educação infantil ficou em segundo plano neste período: a ampliação do atendimento em creches deu-se principalmente por meio do repasse de recursos públicos a entidades filantrópicas e/ou comunitárias, que na maioria das vezes operam em condições precárias.

A percepção da baixa qualidade da educação infantil trouxe a luta pela conscientização de legisladores sobre o respeito dos direitos das crianças, a fim de garantir um patamar mínimo de qualidade para creches e pré-escolas. Nesse sentido, foi muito importante a atuação de grupos ligados a universidades e profissionais de educação da formulação de princípios que foram acolhidos na Constituição de 1988 e na nova LDB de 1996.
Sobre essas mudanças requeridas e as dificuldades de implementação e repeito às normas, as autoras citam:
A principal mudança foi a definição

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